A decisão de terminar com esse blog foi dolorosa, traumática e marcada por indefinições. Naquele momento, tinha um quadro na minha cabeça. Com o passar dos dias, muitas coisas mudaram. Desde anunciantes e patrocínios, até a bem-sucedida volta do Jornal "A Hora". Outra coisa que me chocou muito, e positivamente, foi ver o quanto eu era importante na vida de muitas pessoas, que passaram a me pedir para eu voltar a escrever. Lembro-me de uma frase do amigo Tacely Jr: "muito maior que as pessoas que não gostam de ti, são as que te admiram".
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Ao longo da semana, a Eliziane me pediu, com carinho e com afeto, para eu não me isolar e sugeriu-me a volta a escrita. Pesei bem seu pedido.
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Recebi centenas de e-mails de pessoas solidárias comigo, recebi ligações. Manifestações genuinamente sinceras em blogs locais, tocaram-me fundo.
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Pensei - por fim - que seria até um egoísmo de minha parte fechar-me para as pessoas, para a sociedade e para os meus amigos. A questão é simples, os desafetos não devem ler meus escritos. É bem simples.
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Sábado a noite, prometi para a Lizi que voltaria. Só não disse quando.
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Domingo, ontem, quando estava cruzando um trevo, um carro bateu em cheio no meu carro, afundou todo um lado. Bati forte com a cabeça num lado e vivi momentos ruins. São aqueles fragmentos de instantes em que a gente fica desacordado e pensa que está deixando a vida, que está acontecendo a ruptura. Meu único pavor era não deixar a Eliziane me ver, visto que o ônibus em que eu havia deixado vinha atrás.
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Logo redominei os sentidos, os danos apenas fazem parte da matéria e matéria para mim não passa de matéria. Minha amiga Marta Marchiori, uma das amizades que ganhei nessa eleição, uma pessoa de um caráter grandioso, estava vindo de Erechim; liguei para ela, e prontamente ficou ao nosso lado.
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Quiseram os desígnios que eu estive aqui, agora, bem, muito bem, pronto para reiniciar uma nova era de minha atividade bloguista. Portanto, voltei. Aos poucos quero ver se retomo a velha forma. Quero seguir escrevendo, com os olhos de quem vê tudo pelo viés do outro lado das coisas. Vou escrever. Vou anotar. Vou opinar. Apenas isso.
