quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Crise, gripe e o comércio de tamiflu

Em dezembro do ano passado, quando achávamos que a crise era miragem, escrevi um longo texto onde analisei que o Prefeito Júlio Ruivo enfrentaria turbulências em decorrência da crise. Apesar de muitas contestações, a realidade está aí e – convenhamos – não é novo o aperto, o comprometimento dos repasses, problemas de caixa para contrapartida de projetos e uma série de expedientes que nos são bem conhecidos.

Alertei, naquela época, que a crise poderia ter tentáculos maiores do que nossa imaginação interiorana poderia imaginar. Entretanto, não vejo o Prefeito transtornado, ele sabe o que está acontecendo e sua postura, aliás, tem sido de um grande estadista. Não está desesperado, está com tudo sob controle, tem um comando eficaz e sabe sair-se bem.

Tenho conversado com o Prefeito Júlio Ruivo e noto que ele está sereno, psicologicamente muito equilibrado, e nesse momento, essa postura de seriedade, ponderação e equilíbrio, é fundamental.

É uma lástima que a crise tenha afetado nossa prefeitura, nossa região e todas as prefeituras, enfim. Afinal, tudo decorre das finanças públicas aqui em nosso meio.

O momento é de aperto. Entramos no epicentro da crise e isso é notório em nosso comércio. Embora, em termos macro, já está se conseguindo uma superação, a verdade é que, aqui na região, ela chegou, com força, agora. E prevejo que até final de novembro, viveremos alguns momentos difíceis. Nada complicado demais, que não possa ser superado com edificação, trabalho, seriedade, racionalidade e bom, senso.

O final de ano será aquecido e o Rogério Anése que me conteste. Se não for, será o caos. Não sei como serão os meses de janeiro, fevereiro e março, mas o ano de 2010 será de superação, de readaptação e – afinal – é ano de eleição e vai aparecer muito dinheiro.

Convenhamos que o fator gripe suína tem contribuído para o baixo astral e existe um fator psicológico negativo no ar. Também nisso, urge que sejamos grandes.

Bem, mudando de assunto. Hoje conversei com uma menina, foi blogueira, e ficou muito minha amiga. Contava-me ela que contraiu gripe suína e que fez os testes de deu positivo. Ela fez-me um relato assustador do quadro de higienização precária nas escolas públicas. Fiquei impressionado com o relato, desde o vai e vem do Hospital ao posto, do posto ao postinho, do postinho ao hospital, uma verdadeira via crucis, relatou-me. Mas, afinal, ela está tomando tamiflu, comprado em Uruguaina, e indo nas aulas, sendo que leva seu álcool gel num vidrinho.

Que me perdoe minha querida amiga Dra.Sonia Nicola, (eu vou dar uma opinião) mas acho que esse quadro é preocupante e tem tudo para virar um grande caos. Não existem condições, nesse momento, para uma volta às aulas dentro da normalidade. As escolas não organizaram preventivamente e nem têm estrutura para tal. No Isaias contam que existe um sabão de coco bagual para a lavagem das mãos. Com certeza é o máximo que conseguiram. Será que isso basta?

Que medidas foram implantadas em nossas escolas. Quem está cobrando e fiscalizando essa questão profiláxica? Duvido que exista alguém.

Ontem, conversando com um médico, ele me pintou um quadro tétrico. Ele acha que o vírus vai sobreviver a esse verão e atacará novamente o inverno de 2010 e não haverá ainda vacinas para todos. Ele me disse também que vê muitas semelhanças no H1 N1 com a gripe espanhola.

E o comércio paralelo de tamiflu em Santiago está grande. Pobre povo.