quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A tarde santiaguense

Frio e uma garoa fina marcam a tarde santiaguense. Nos bastidores, preocupações com a crise, com a gripe e tudo mais.

Tomei conhecimento, hoje, das posições da Diretora Técnica do HCS, Dra. SÔNIA NICOLA quanto à volta as aulas, nesse momento. Ela acha complicado e defendia a prorrogação por mais alguns dias. Também, a médica deve manifestar sua posição de alta preocupação, lucidez e prevenção sobre as comemorações da semana da Pátria e Farroupilha, que será tema de um debate no COMUDE. É claro que ela é a favor da suspensão de tudo.

Quem diria, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus agora terá uma candidata a presidenta do país, Marina Silva. Sinceramente, não vejo como conciliar os ideários de liberdade do PV com o conservadorismo evangélico ortodoxo.

Hoje é o DIA DO MAÇON. Eu adoro os princípios nobres da maçonaria. Os princípios são muito bons, mesmo. Conheci a Maçonaria, em 1987, quando travava uma luta contra os padre$ jesuítas da Unisinos. Poucas organizações, naquele momento fatídico, tiveram coragem de ficar ao nosso lado.

Dia 10 de agosto de 1987, toda a direção do movimento estudantil da Universidade foi expulsa depois de uma farsa montada pela direção e um suposto inquérito disciplinar. Do curso de sociologia, que liderava todo o movimento, fomos 3 expulsos, eu, Luiz Antônio do Nascimento Moura e César Augusto do Nascimento Moura. Ambos, formaram-se em Sociologia pela UFRGS, tempos depois. Foram expulsos ainda Iran Maragno Hey, da engenharia e Serpa Cailava, da computação. No inquérito disciplinar, nossa defesa foi feita pelo Advogado Carlos Salzano Vieira da Cunha, que renunciou tudo quando soube que a UNISINOS havia ouvido depoimento de funcionários sem sua presença.

Daí, partimos para um embate jurídico. Nossa defesa ficou com o Advogado Oliosi Silveira, já falecido. Á época, era coordenador jurídico da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa. A UNISINOS contratou Hermann Homen de Carvalho Roenick e Ney da Gama Ahrends.

Em 10 de junho de 1991, acreditem, 4 anos depois, o juiz da comarca de São Leopoldo Vinícius Amaro da Silveira denega a segurança impetrada. Víviamos um processo de transição, constituinte, criação do TRFs, e sequer sabíamos ao certo de quem era a competência. O mandado deu ingresso na Justiça Federal e o juiz Moacir Alvarez negou a liminar, porém, essa mesma Justiça Federal, ao julgar o mérito, declinou da competência para a justiça estadual. E assim se passaram 4 anos. Para uma vida acadêmica, uma espera longa demais.

Contei tudo isso para dizer que foi nesse embate, como líder do movimento estudantil em SÃO LEOPOLDO, que tive contato com a maçonaria do vale dos sinos. Conheci maçons íntegros, homens de liberdade, abertos.

Contudo, enganei-me com a maçonaria, pois vi que em seu interior havia uma contradiçao muito grande, conquanto coabitavam - no mesmo - posições altamente conservadoras e reacionárias, o que para mim era incompatível.

De qualquer forma, esse contato me permitiu conhecer todo o ideário, o que me faz admirador até hoje. Já por essas bandas, de volta ao pago, fiquei perplexo com as contradições. Encontrei maçons defedendo abertamente o nazismo e ferrenhamente contra os judeus. Fiquei chocado ... e confuso. E bota confusão.