terça-feira, 28 de setembro de 2010

Comentários do Professor Marcelo Hugo Rocha sobre a prova da OAB

Sinceramente, parece que para o curso de Direito da URI não houve exame de ordem; o silêncio dos professores é patético e eu - que sou uma pessoa da imprensa - até agora não ouvi nenhuma manifestação, nem a favor, nem contra, nem de nada...parece até que o exame de ordem não ter a ver com o curso de direito da URI. Visitando os blogs regionais, vejo que Passo Fundo, Erechim, Santo Angelo, Ijuí ... (nem estou falando nos grandes centros) os professores das faculdades de direito já escreveram textos, comentaram as provas, deram entrevistas, externaram opiniões...Em Santiago...NADA.

Mas vejam o que diz o Professor Marcelo, então, em seu blog http://marcelohugodarocha.blogspot.com/

Pois bem, ontem foi a 1ª prova da OAB "estilo FGV" e o que se viu? Nada além do que já estávamos acostumados no antigo "estilo CESPE". Pode ser que a prova não tenha sido como a anterior (Exame 01/2010) mas nem o Exame 03/2009 foi!
Quem pregava que a prova teria questões que exigiriam "diretamente" a resposta ou um artigo de lei, se deu mal.

A sensação imediata de quem saiu da prova foi: CANSATIVA.


Os enunciados das questões foram longos e exigiram atenção do examinando. Muita gente entregou a grade de respostas nos últimos 10 minutos da prova, o que se não via há algum tempo.


DIFÍCIL? Claro, caso contrário não seria um EXAME DE ORDEM, mas alguém esperava diferente?? Diferente apenas a respeito da prova 01/2010 - e era o que todos queríamos.


Uma análise mais criteriosa na abordagem do conteúdo, não houve questões com afirmativas (I, II, III e IV), mas voltou a marcação de afirmativa incorreta antes abandonada pelo CESPE. "À exceção de uma", apontada em outras provas realizadas pela FGV também estiveram presentes.


Achei a prova de CONSTITUCIONAL mal distribuída, focou bastante, de modo geral, no Poder Judiciário e Legislativo. ADMINISTRATIVO, por outro lado, passeou naqueles temas mais comuns para a disciplina. CIVIL apresentou enunciados mais longos, mas com quatro questões praticamente "diretas", exigindo conceitos básicos. Em PROCESSO CIVIL, tranquilo também, veja que conceitos como revelia e curatela foram exigidos. Exigiu conteúdo novo, como a nova lei do MS. Cada uma destas disciplinas, 10 questões.


TRABALHO teve questões diretas e também situações hipotéticas para serem analisadas. PROCESSO estava mais fácil, apesar de exigir conhecimento de jurisprudência sobre a ação rescisória e doutrinário sobre os "requisitos intrínsecos genéricos" de admissibilidade recursal. Ambas disciplinas, 15 questões.


PENAL estava longa pelas situações que apresentou, além de trazer uma questão que era para completar lacunas. PROCESSO, idem. No total, 15 questões. TRIBUTÁRIO trouxe seis questões com situações hipotéticas e outras quatro de raciocínio direto e bem tranquilas.


Em ÉTICA houve surpresa na abordagem, pois nove questões trouxeram enunciados longos porque usaram a prática da aplicação do Estatuto. Uma questão era decoreba sobre as sanções disciplinares. Veio então EMPRESARIAL com apenas 2 questões (SURPRESA, pois antes eram 3!). Ambas questões de direito societário.
Veio então INTERNACIONAL com duas questões práticas complicadinhas e que exigia raciocínio do examinando. Seguindo, a prova trouxe ECA em duas questões, sendo que uma delas trazia uma novidade da Lei 12.010/2009 e AMBIENTAL, também com 2 questões, uma tratando da competência e outra tranquila sobre condutas e atividades lesivas.


Por fim, duas questões de CDC, de simples decoreba.


Leia mais no blog exame de ordem:
http://www.portalexamedeordem.com.br/blog/

Leia também o blog jurídico mais badalado do Norte http://advogadoleonardocastro.wordpress.com/