Após um longo e demorado feriadão, recomeça a vida em Santiago. É claro, meu blog é paroquialista, voltado para o nosso mundinho. A calma aparente, deve mesmo ser quebrada. No parlamento, o convênio Prefeitura x Corsan deve dominar os assuntos legislativos. O que se comenta é que existe uma dissidência na bancada situacionista, embora ainda não explícita, ela tomou forma numa manifestação na universidade (leiam o que não está dito). Se for verdade isso, empastela tudo.
Entretanto, as preocupações se voltam mesmo para o Executivo, com a domesticação da crise e adoção de medidas de contenção de gastos.
As medidas tomadas pelo prefeito Ruivo são curiosas; honestamente, não sei me mexer em cima de hipóteses, conquanto não tenho uma leitura científica do comportamento da opinião pública de Santiago. Confesso que se pudesse, meu grande sonho, nesse momento, era auferir tudo numa bem formulada pesquisa de opinião pública, ouvindo todas as classes sociais, bem como cidade e interior. Empiricamente, noto que o povão está aprovando as medidas de contenção, mas isso faz parte de um espírito (na acepção hegeliana da expressão), que paira na população, de repulsa a funcionários de prefeituras. É incrível, mas isso tem em todas as cidades e é muito mais um juízo de vingança, revanche e outros sentimentos afins, que fruto de uma leitura que realmente sustente a inutilidade dos CCs e estagiários. Empiricamente, repito, noto que até existem elogios aos cortes, mas não sei avaliar o impacto político de tudo isso. Mesmo que pairem descontentamentos setorizados no funcionalismo, sobrecarga, cortes de benefícios (muitos até anotados pelo TC)...tudo isso é passível de reversão política com o atendimento das bandeiras que reivindicam plano de carreira e de saúde (que serão atendidos).
Enfim, a vida segue. Sábado, conversei com o amigo Rogério Anése. É um dos nossos grandes pensadores, consegue conjugar o domínio de economia e política. Ele têm leituras diversas dessa crise. Não vê tanto problemas nos repasses e nem em eventuais quedas de arrecadação. Falou-me de projeções erradas dos gestores municipais e o problema que acarretou esse aumento de 8% na folha do funcionalismo, gerando um verdadeiro descontrole nas finanças públicas. Notei que ele entende que os problemas dos repasses não tem peso decisivo e o que o xis da questão foram as projeções a mais no orçamento - que afinal não aconteceram - e o impasse derivado do aumento sem novas contrapartidas de ingressos.
Pelo sim, pelo não, acho salutar o debate. Não tenho a mesma leitura do meu grande amigo, embora minha visão seja mais política do que econômica, afinal noto a retração em quase tudo; ou a crise afetou mesmo só as prefeituras, posto que é generalizado o caos em nossa região. Outro dia, conversando com o Cláudio Irion, diretor do Grupo Folha, ele dizia-me das dificuldades que estava encontrando nas prefeituras com as quais sempre negociou. O comércio, por extensão, sentiu o impacto e também puxou os freios. E Anése não me falou que, no mês de agosto, a FAMURS, Federação dos Municípios do Estado, apurou uma queda de 15% no repasse do FPM. E isso, ao meu ver, afora ser confiável, é extremamente grave.
Eu gosto muito de entender as coisas, gosto de confrontar opiniões, conferir dados, índices...Vou pensar seriamente em promover um happy hauer com o Anése, alguém da nossa prefeitura, os setores lúcidos da nossa imprensa, sei lá, uma troca de idéias é muito salutar nesse momento para entendermos a origem da crise, sua extensão, como ela nos afeta, até onde ela seguirá???
Por fim, para dar uma espairecida, mas nem tanto, a Revista Época está contando uma história prá lá de absurda. Antônio Luciano, conhecido como dono de Minas Gerais, médico, multimilionário, comprava meninas pobres virgens para desvirginá-las e teria feito isso com - aproximadamente - 2 mil proximazinhas. Agora, surge sua neta, com uma história mais complexa ainda. Ela é filha de uma filha de Antônio Luciano, só que o pai é o próprio avô( ele próprio), que também se tornou amante da neta, fruto do incesto com a filha. Explicando melhor. Ele transou com a filha e depois transou com a neta. E esse não teria sido o único caso incestuoso em sua vida. Para ler mais, clique aqui. Por fim, o cara é um mito na sociedade mineira, cultuado e admirado.