Chamada do Jornal Zero Hora on line, capa "Viúva visita túmulo de Jango em São Borja". A matéria explica que havia dois anos que Maria Thereza não ia ao local onde está o corpo de Jango.
O leitor, acostumado a todo tipo de malversação, sequer atenta-se ao fato jornalístico. Afinal, que importância e que relevância jornalística tem o fato de uma viúva visitar o túmulo do marido falecido no dia de finados?
Mesmo que o morto seja um ex-presidente, com certeza, temos tantas viúvas de ex-presidentes vivas que se todas fossem virar alvo da valoração jornalística, estaríamos diante de um quadro absurdo, para não dizer: patético.
Sinceramente, por mais que eu me esforçe, não consigo enxergar um fato jornalístico relevante no fato de uma viúva visitar o túmulo do marido morto no dia de finados. É não ter o que publicar.
A menos que a matéria seja uma baita subrepeticiedade para projetar o neto de Jango, candidato a deputado estadual, companheiro de dobradinha com Afonso Motta, vice-presidente do Grupo RBS. Mas isso não deve ser, ZH tem uma ética e tanto e não se prestaria para uma malversação dessa natureza. Isso é coisa de jornalecos.
E na matéria, ele estava lá, no túmulo, botando flores ao lado da viúva. Será que não estão usando a viúva para projetar o neto, valorizar sobremaneira o trabalhismo e faturar eleitoralmente?