Os coroneis do latifúndio, responsáveis pelo atraso de Santiago e por índices vergonhosos de produtividade municipal, insatisfeitos com a liberdade de expressão desse jornalista, agora partem para retaliação em cima dos anunciantes do Jornal A Hora.
Essa atitude apenas reforça o que todos sabem acerca da mentalidade latifundiária autoritária, arrogante, petulante e própria de quem acha que manda na cidade e pode controlar até a liberdade de imprensa e de expressão.
O que motivou a reação desses senhores foi a matéria sobre os índices de produtividade municipal, de minha autoria, publicada na última edição do Jornal A HORA.
Vejam como são as coisas. Ao invés de contestarem os argumentos, partiram para a contestação em cima dos anunciantes. A intenção é clara: sufocar o debate e impedir a emergência da Verdade sobre os pífios índices de produtividade municipal.
O que deixou eles furiosos foi a constatação de que toda a atividade agropecuária do município de Santiago é responsável por apenas 3% dos empregos gerados. E mais, que dentre 496 municípios gaúchos, estamos no lugar de número 192 na escala dos menos produtivos do Estado.
Qual foi a reação dos responsáveis por essa vergonha? Censusar o Jornal A Hora pela via indireta, atacando e cobrando dos anunciantes.
Se os números antes falavam por si só, agora os argumentos dessa gente corrobora com tudo, somam-se aos pífios resultados produtivos à burrice, à censura e à mediocridade.
Agora cá entre nós: a culpa disso tudo é minha? Eu apenas estou prestando um serviço cidadão a minha cidade na medida em que provoco o debate. Se o debate é espinhoso, é outro assunto, pior é não debater nada, pior é fingir que está tudo bem, pior é deixar a coisa como está.
Ademais, o que se evidencia desse debate, é que municípios com concentração de pequenas propriedades familiares, ostentam os mais altos índices de produtividades do Estado. E nessas, as condições socioeconômicas das famílias é bem mais equanime, não existem grandes desníveis entre pobre e ricos, como o desnivel que se observa em Santiago.
O latifúndio é bom apenas para meia dúzia da famílias que ostentam padrões de vida fantásticos. Mas o empobrecimento da população local é latente, conquanto sabe-se que essas grandes estruturas agrárias não desconcentram a renda e não desconcentram as culturas (são assentadas na monocultura).