Ontem, na hora do almoço, o PM reformado Batista Lacerda me disse que o Sumerval contou para ele que o delegado Brum chamou o Gildo lá na delegacia e deu um carteiraço por causa do jóckei clube.
Eu disse para o Batista, na mesma hora, que não acreditava nisso.
Mas vamos ver o que o Gildo diz e vamos ver o que as autoridades acham disso.
Batista também me disse que o jóckei clube não tem donos e essa idéia de vender a área, que - segundo ele custa 2 milhões de reais - foi de alguns coronéis que acham que mandam em tudo. Ele é contra vender o jóckei. "Não vão vender o jóckei no carteiraço para a prefeitura", disse.
Batista me disse que Gildo não podia criticar o jóckei por falta de licença ambiental e que ele não desce naquele esgoto a céu aberto ali perto do Centro Social Urbano. "Aquilo sim é uma vergonha", completou.
Batista me disse e fez questão de frisar "pode botar aí, eu sou sargento da Brigada, mas lá eles mantém cavalos sem nenhum cuidado com as moscas, a brigada faz tanto mosquedo quanto o jóckei, por que que não criticam a Brigada?"
Agora, eu, pessoalmente acho que estava na hora do Ministério Público de Santiago, que tem o dever constitucional de defender os interesses difusos da socidade, questionar o jóckei clube. Como pode se manterem DEZENAS de cavalos, em pleno perímetro urbano, sem licença ambiental, poluindo toda a região, castigando os moradores com danos ambientais e afetando a saúde de todos? Até onde eu acredito, Santiago não é uma terra sem lei e a lei aqui vale para todos. Não deve ser por que autoridades usam o jóckei para seu lazer e jogatinas, carpetas e beberagens que se pode agredir os moradores da região, rasgando a lei e pisando em cima de preceitos ambientais e morais.
Outro dia, conversando com o Professor do curso de direito e ex-procurador-geral do município de Santiago, Carlos Humberto MUNARETTO, ele me contava que foi num churrasco numa residência próxima ao jóckei e ficou impressionado, pois as centenas de moscas impediam de assar uma carne, em pleno meio dia.
Eu já contei aqui, que o Senhor Moura, Dono da CLAMÓVEIS, me disse que há muitos anos, em sua casa, só cozinham à noite, por que ao meio dia é impossível devido a infestação de moscas.
Como pode isso? E mais, meus amigo promotores Bruno e Fabiane, como pode uma organização dessa natureza funcionar sem licença ambiental?
Como pode, uma área de lazer e recreação dos ricos contaminar indiscriminadamente aos pobres moradores que vivem no perímetro urbano, assim definido pelo plano diretor do municipio?
Será que não viram isso no plano diretor de Santiago?
Por que um pobre, se tem um cavalo ou uma vaca, em seu terreno, as autoridades vão lá e forçam a retirada, pois essa prática não é permitida. E por que se permitem que um jóckei clube, com dezenas de cavalos, quase uma centena, funcione em pleno perímetro urbano da cidade?
Será que a lei vale somente para os pobres e indefesos?
O bairro Monsenhor Assis é tão bairro quanto o centro. Imaginem criarem e tratarem 76 cavalos no Clube União, ali no lado do prédio da promotoria?
Por que num bairro pode e no outro não pode?
É por que num moram pobres e noutro ricos?