quarta-feira, 24 de março de 2010

Explicando a interpretação de uma posiçao

Bem, mais um esclarecimento. Ao analisar a Pesquisa Metodhus apenas externei minha opinião. Mas – em nenhum momento – falseei a realidade e a interpretação dos números. Sequer critiquei o agronegócio. Emiti uma opinião com base em realidades sociais e eleitorais que conheço bem. Eu sustento que o PP tem grande facilidade de penetração nas pequenas e médias comunidades gaúchas e grande dificuldade de penetração nos grandes centros. Aliás, isso é muito claro no meu livro PAMPA EM PROGRESSO. Por outro lado, toda a mídia nacional associa o nome do Deputado Luiz Carlos Heinze ao agronegócio. E isso é bom para ele, que faz um trabalho fantástico e eficiente nessa área, junto a esse setor. Pessoalmente, acho que o deputado Heinze é uma pessoa dinâmica, inteligente ao extremo, sagaz, hábil, negociador, um baita cara, em suma.

O que eu levanto em termos de discussão sociopolítica é que o agronegócio sofre uma limitação em sua inserção nas demais camadas da população, justamente onde existe maior densidade populacional. E isso explica a fraca penetração do PP nos grandes centros e regiões metropolitanas. E não é de hoje que eu levanto essa discussão, seja com o PP, seja com o PSB, seja nos meios acadêmicos. Falta ao PP essa inserção nos grandes centros, que é mais visível nos partidos de esquerda e que têm outras bandeiras de inserção que não a do agronegócio.

Quanto a Ana Amélia, sustentei 3 juízos básicos. O primeiro, disse que a RBS é repudiada nos centros e nos meios politizados dos grandes centros urbanos. Mantenho a crítica. É minha opinião pessoal e fruto de minha análise sociológica. Segundo, disse que sua imagem está por demais associada a de Yeda e o desgaste será natural por essa associação, melhor seria para ela se andasse sozinha. Terceiro, Ana Amélia é – sim – identificada com o agronegócio e os setores produtivos, lhe falta um arcabouço de propostas nos setores médios urbanos de regiões metropolitanas. Arcabouço esse, aliás, que Paim tem de sobra.

São essas minhas considerações e com elas pretendo responder os tantos e-mails e ligações que recebi em face da matéria crítica que produzi sobre a Pesquisa Métodhus.