sexta-feira, 19 de março de 2010

Vereador Bianchini esclarece

Recebi uma gentil ligação do vereador Bianchini, diplomático como sempre, mas profundamente decepcionante. Primeiro, me disse que não vai mais ler meu blog, porque o que eu boto não é verdade. Segundo Bianchini, a bancada do PMDB tem 3 computadores e não um apenas conforme eu hávia publicado. Também, me disse que a garagem para entrada do carro do poder legislativo obedece o plano diretor e que não é subterrânea, é apenas embaixo do multipalco. Segundo Bianchini o multipalco é uma obra grandiosa e que atende um sonho dos santiaguenses. Bianchini acha que o poder legislativo de Santiago é o que mais trabalha na região, que todos estão pegando juntos, que todos dão expediente na câmara e que, em síntese, nunca se produziu tanto e tão bem.

Minhas ponderações:


Sobre o computador do PMDB. EAu recebo os releases da bancada sempre um dia depois, quando as notícias já estão velhas demais. Vejam o e-mail que mandei:


----- Original Message -----
From: Júlio César de Lima Prates
To: pmdb@camaradesantiago.rs.gov.br
Sent: Tuesday, March 16, 2010 11:18 PM
Subject: Res: Resenha da sessão ordinária de 15 março - Ver. Antônio Diniz Cogo

Com a velocidade da net esses releases tem que ser feitos na hora, em cima do fato. um dia depois, já virou noticia velha.

abraços

Júlio

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A resposta do PMDB
Oi Julio Bom dia, agora tenho q dividir o computador com outra assessora, mas n tem problema assim que o Vereador Diniz terminar seus pronunciamentos eu ja envio.

Ale
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Entao, leitores do blog, eu não inventei a notícia. Apenas me baseei na informação prestada pela assessoria do PMDB.

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Outra questão: em nenhum momento eu critiquei o multipalco, pelo contrário, defendo a obra. Quanto a garagem ser subterrânea ou não, mantenho a crítica.

Por fim, tive oportunidade de falar com franqueza com o vereador Bianchini. Não tem uma pessoa com quem eu fale, das que já prestigiaram o poder legislativo de Santiago, que não critique a confusão armada pelas sucessivas mudanças de horários das sessões e mais, essa de a sessão ser num horário e a transmissão ser noutro, matou o entusiasmo das pessoas, deixou os fatos defasados, tirou a empolgação, o brilho dos grandes embates, a paixão da política.

Agora, cá entre nós, eu acho que o Bianchini e os demais vereadores deviam ficar felizes da vida comigo, até porque eu estou criticando no sentido de construir, de que o brilho volte, de que a política seja apaixonante, para que os santiaguenses voltem a se empolgar e vibrar com a política. Eu estou vendo a coisa afundando, noto as pessoas distantes, nem querendo mais ouvir falar em política, quanto mais escutar sessões radiofônicas. Logo, a minha crítica é no sentido de retomar a paixão. Se eu quisesse ver a coisa no fundo do poço, como está hoje, eu fingiria que está tudo bem, elogiaria e deixaria todos morrerem abraçados.

As sessões eram de noite. Passaram para de tarde. E agora, passaram para de manhã.

Eu ouvi muitas pessoas falando que essa última mudança era para beneficiar o vereador Marco Peixoto, porque ele teria aula no curso de Direito, da URI, justamente a tarde, no horário da sessão. Não sie mesmo se isso é verdade, a despeito de ter ouvido a crítica. Mas sequer entrei nessa picuinha, apenas me limitei a ratificar a crítica de que cada vez mais as pessoas estão se afastando do parlamento, que se torna suntuoso por dentro, mas abandonado pelo povo. E quem é a razão de ser do parlamento, senão o próprio povo?

Por fim, peço ao vereador Bianchini que reconsidere sua posição de não ler mais meu blog. Eu vou ficar muito triste de saber que vivo numa comunidade onde não posso nem escrever uma criticazinha que o mundo desaba na minha cabeça. Eu acho que não tem mistério. Tudo o que eu escrevo, eu respondo e sustento. Se for necessário retificar, faço isso com a maior tranquilidade. Se for necessário justificar, justifico com a mesma tranquilidade. A exemplo do que fiz com os computadores do PMDB. Se quiserem fazer subterrânea, que façam, façam também um túnel com saída secreta pelos fundos para o dia que o povo encher o saco e for lá para frente jogar tomates e ovos. Do jeito que a coisa vai, não tá longe disso acontecer.