Devido a licença maternidade, Liana Canterle estava afastada da coordenação do curso de Farmácia da URI. Interinamente, foi substituida por Luana Sagrillo, casada com Antônio Bochi, filho do José Bochi, de tradicional família santiaguense e assisense.
O protesto de ontem à noite gerou reuniões extrapartidárias fora da universidade, ocupou as preocupações políticas do sábado e dividiu opiniões. A grosso modo, todos os defensores da candidatura de Chico Gorski acham que o protesto foi manipulado e dirigido pelo grupo opositor, conquanto a coordenadora interina seria ligada ao grupo de Dona Aida Bochi. Falam na deselegância do protesto, na quebra da disciplina e hierarquia e aposta no conflito. E dizem que os alunos foram usados como massa de manobra para criar uma crise artificial na universidade em período eleitoral. Já os defensores do protesto, acham que falta material, que faltam monitores e que existe propaganda excessiva que não corresponde com a realidade do curso e acusam a direção da universidade de omissa; ademais, dizem que a propaganda institucional da universidade, produzida por Raquel Gosrki e Fernanda Sagrillo, seria artificial e enganosa. Ademais, em sinal de luto, todos os estudantes do protesto, estavam de preto.
Liana Canterle estava em Passo Fundo e foi procurada pelo blog. Ela promete externar publicamente uma posição sobre o ocorrido e as atenções se voltam a sua pessoa, especialmente porque reassume a coordenação do curso na próxima segunda-feira.
Não se enganem os leitores críticos do blog. O pivô aparente desse protesto pode mesmo ter sido a falta de alguns materiais, mas, na essência, a política pegou fogo na URI e a guerra de versões detonada a partir desse protesto, vai pautar todo o processo eleitoral. Os defensores do protesto são Aida e os contrários são Chico.
Cá entre nós, o curioso nisso tudo é que as elites estão rachadas. Tem elite da situação com o grupo de dona Aida e tem elite de oposição com Chico. ( Vale lembrar, ademais, que Eleonara Lang Vallandro, filha de Rubem Lang e casada com o médico tucano Carlos Vallandro também leciona nesse curso). São guerras de interesses setorizados dos que mandam na cidade. Os babacas, pobres babacas, são os que são usados e não têm consciência da extensão dos conflitos de interesses que levam nossas elites a digladirem-se.
Outra boa reflexão, essas elites santiaguenses, que tanto combatem o PT e o MST não vacilam um milímetro em adotar seus métodos, os próprios métodos que dizem combater. Sabem todos a que métodos estou me referindo.
Os discursos mascaram a contradição e guerra de espaços. Todos falam uma coisa e fazem outra. Ao lado dos babacas manipulados, os estudantes, também estão os formadores de opinião de Santiago, que acreditam em tudo que lhes é dito. Eu mesmo ouvi falar que o Coelhinho da Páscoa está com Chico e que Papai Noel está com dona Aida. Resta saber com quem ficará Saci-pererê, ele pode decidir a eleição.
