domingo, 19 de dezembro de 2010

Um domingo abençoado, com uma forte chuva

Cai a noite em Santiago; passam das 19 horas e chove muuito em nossa cidade. Uma chuva abençoada e necessária.

 A Lizi está grudada em sua Dissertação de Mestrado em Ecologia e a mim coube a missão agradável de assumir o comando da vida da Nina. Há dias, ela está numa nova rotina e sob meus cuidados. Banho, troca de fraldas, comida, passeios e até fazê-la dormir. Aliás, fazê-la dormir é fácil. Pego o carro e dou uma voltas, é dois toques e ela está dormindo.

 Comidinha, pego feijão, caldo de feijão ali no Batista e improviso os almoços e jantas. Ela come manga, tomates, danoninhos, polenta e pedacinhos de carne...mas o que ela mais curte é mesmo o caldo de feijão.

 Agora, afora já dizer "tatata", ela chama a agua de "dada". Essa eu ainda não tinha ouvido. Hoje ela ficou olhando a "dada" que caia dos céus e vivamente impressionada com os trovões.

Achei uma fórmula bem original para escrever com ela no colo. Coloco o notoebook na parte de cima do birot e libero o teclado para ela, que bate bate sem parar, porém, não estraga meus textos. Antes, era um caos, demolia com tudo.

E assim vamos indo. Lutando, resistindo. Passamos a maior parte do tempo encerrados em casa nesse final de semana, uma vida boa, inquieta, guerreada, mas boa, apesar da sucessão de decepções com alguns fatos da vida. Apesar de tudo, não passo nada dos meus problemas para minha filhinha, não deixo transparecer tristezas, mágoas e esforço-me para sorrir, sendo dengoso e delicado o tempo todo.