quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Direito de resposta

Caro Júlio:

Agradeço as palavras a mim dirigidas. Estou no meu direito e no meu dever de criticar e denunciar uma negligência da qual a vítima foi meu avô, é o mínimo que posso fazer por ele depois de tudo o que ele fez por mim. Havia um médico responsável no caso do meu avô. O HCS tem a obrigação de saber quem é, pois meu avó paga, há anos, o plano de saúde, eu não necessito citar seu nome. Mas esse médico responsável não estava lá. E pior, estava incomunicável. E só foi aparecer na manhã do dia seguinte, ou seja, quase 24h depois da internação. Disseram no HCS que como o médico responsável era tal, não podia haver a troca de médico, até que o responsável viesse ver meu avô.

Diga-me se essa burocracia absurda, vergonhosa e cruel é algo que se faça com um ser humano? Com um cliente do hospital? Não se faz isso nem com quem vai comer uma pizza. Quem vai comer uma pizza, pode esperar quase 24h para que ela venha? E se não há garçom, não tem o direito de pedir outro? Os clientes não têm direitos? Isso não se faz com espera uma pizza, mas se faz com quem espera por sua própria vida? E isso é culpa do hospital, independente da culpa do médico. E se meu avô viesse a falecer durante esse período? É um caso isolado? Olha, sinceramente, tenho fortes dúvidas quanto a isso... Mas ainda que seja, é uma negligência imperdoável. E, em nome do meu avô, eu não perdoo.

Abraços,
A.Reiffer

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