sábado, 22 de janeiro de 2011

Estupros de bebês, a patologia no tecido social santiaguense

Ouvindo o noticiário da nossa querida Rádio Santiago, fiquei um tanto desorientado com a notícia de estupro de dois bebês, uma delas de 5 meses e a outra de 2 anos. Imediatamente, sentei-me no computador, fiquei perturbado e desisti ao ficar olhando para a Nina, que brincava em seu cercadinho.

Nessa semana, houve um caso similar em Ijuí, com uma bebezinha de 5 meses e na tarde de ontem chegou às redações a notícia – na mesma linha – no albergue em Jaguari.

Por tudo, é fácil concluir que estamos diante de uma escalada de estupro contra vulneráveis. Esses crimes são bárbaros e um depoimento cruel contra a atual civilização. Não sei como um ser humano consegue praticar um crime dessa natureza, especialmente contra um indefeso bebê. Indefeso ou não, nada justifica uma agressão dessa natureza. Agora, o requinte de crueldade e a volúpia sexual contra um bebê chama muito atenção, estamos diante de uma quadro social de patologia muito grave e urge que medidas sejam tomadas com urgência.

Tempos atrás produzi um artigo, publiquei aos milhares e espalhei pela cidade, narrando o caso de um estupro contra uma menininha na antiga Pedreira, narrei o drama dos pais que sequer um BO fizeram, temendo represálias ... e o caso foi ignorado solenemente pela pelas autoridades e pela sociedade santiaguense.

Agora, ultrapassamos as raias de qualquer crueldade. Isso é o cúmulo do barbarismo e da violência. Como membro da sociedade, pai e cidadão sinto-me envergonhado . Mas quando olho para minha filha, meu mal-estar é enorme, como democrata, tenho plena noção de que uma pena dura e exemplar precisa ser aplicada nos transgressores. Mas, também sou humano, e como humano sou pela eliminação física dessas pragas, sem nenhum pudor essas figuras patéticas não merecem a garantia e as prerrogativas de viverem numa sociedade democrática.

Nessa semana, houve uma tentativa de estupro na Vila Jardim, fato amplamente registrado e divulgado. Existem estupradores, bandidos cruéis à solta e as autoridades precisam dar uma resposta imediatamente. Qualquer criança, qualquer bebê, qualquer mãe, qualquer moça de nossa sociedade está correndo risco. Nessas alturas, precaução e cuidado são necessários.

Protejam os seus e agora é cada um por si. O Estado de Direito está rasgado em Santiago. Aliás, existem cabarés que funcionam assintosamente, facilitando a prostituição diária, ponto de caminhoneiros que ostensivamente estacionam em frente, menininhas pobres que todos vêem entrar e sair...e todos fazem de conta que não vêem, as autoridades tem conhecimento, são omissas, não fazem nada. E só alguém muito idiota não sabe que paralelo a esse movimento vem o tráfico, as bocas de fumo que também atuam impunemente.

Aliás, dias atrás, uma mãe, vizinha a nós aqui, contava-me angustiada e revoltada porque ela sabe onde seu filho compra drogas, aliás, todos os moradores e vizinhos sabem...é patético tudo isso.

A patologia no tecido social santiaguense é mais grave do que se imagina. A sociedade está doente.