Eu não perdôo essa omissão histórica do DENIT. Há quantos anos acontecem acidentes nesse trevo do Batista?
Há quantos anos acontecem mortes nesses trevos, tanto no de cima quanto no de baixo?
Há quantos anos os moradores da Bonatto e Monsenhor são discriminados e açoitados, sem direito a acostamento e passarela, e forçados a cortarem trevos a pé?
Há quantos anos as crianças da Bonatto e do Monsenhor são submetidas a uma via crucis cada vez que precisam atravessar aquele trevo, a pé, para irem na aula?
A única diferença que existe hoje em Santiago é que temos uma blogosfera engajada, cobrando, apontando os erros, as omissões, batendo forte em defesa dos interesses dos pobres e humildes.
Hoje, o que é escrito em Santiago, na blogosfera, é lido na mesma hora nos Palácios de Governos, na Assembléia Legislativa, no Tribunal de Contas, na Câmara Federal. Acabou a época do que escrito aqui, morria aqui.
Hoje, as assessorias de deputados e secretários de Estados estão ligados nos blogs e preocupados com a imagem de seus chefetes, pois de nada adianta eles construírem um trabalho bom de um lado, se de outro lado, a blogosfera mais atuante do Estado, a santiaguense, está atuando firme em cima da omissão, batendo, cobrando e exigindo soluções.
Eu peço ao Conselheiro Marco Peixoto siga atuando como cidadão (não tem essa porque agora é conselheiro agora não pode) e cobrando forte do DENIT uma solução emergencial para esse absurdo que está acontecendo em Santiago. Eu quero uma solução.
Sábado pela manhã, por volta das 11 horas, um grupo de senhoras, 5 mães, mulheres pobres, empregadas em empregos humildes, bateu a porta da minha casa. Como minha intenção não é publicidade para mim mesmo, ouvia-as, atentamente e prometi que seguiria cobrando uma solução - especialmente para as crianças que cortam aquele trevo em direção às aulas.
Aqui em Santiago vivemos um absurdo. Existem PMs em frente as escolas, pedindo para os carros pararem, só que para chegarem até as Escolas as crianças vivem um tormento, pois atravessarem aquele trevo a pé é um inferno e um risco de vida constante e iminente.
Ali naquele trevo é preciso uma solução para hoje. Não adianta esses burocratas do DENIT lambuzarem os vereadores com promessas inócuas. Há quantos anos esse problema se arrasta?
O povo fica quieto até certo ponto. Daqui um pouco eles se rebelam, como estão fazendo no mundo árabe, e aí eu quero ver esses vereadores que só fazem de conta justificarem suas atuações pífias? E o PP também precisa ser mais atuante e mais presente. Eu tenho andado pelas vilas e existe um clima de rebeldia no ar. Ontem, eu fui até o bairro Atalaia, dando carona para algumas pessoas, e a coisa está incendiária. Enquanto as elites andam de férias em praias, a coisa está pegando fogo nas vilas de Santiago. Eu sei o que estou dizendo.
A sorte do PP é que ninguém na oposição sabe explorar as debilidades dos pobres, ninguém em Santiago sabe jogar os pobres contra as classes dominantes, senão o clima do Egito seria aqui mesmo. Até porque a oposição local não tem credenciais, é classe dominante tanto quanto os do PP, morram nos bairros mais sofisticados da cidade, moram em mansões, desfilam em carrões, dormem em quartos climatizados, seus filhos estudam nas melhores universidades, e são tão burros que não sabem nem fingir e nem construir uma alternativa de identidade com as massas populares.