terça-feira, 1 de março de 2011

Foi-se fevereiro

A última noite do mês de fevereiro de 2011 assume ares de inverno, faz frio e um ventinho cortante. Não se pode negar que é uma noite agradável e romântica, embora nem todos saibam apreciar as conjunções.

Nossa cidade, Santiago/RS, tem uma capacidade incrível de produzir contradições, síntese de nossas vidas. Quem diria, os petistas engolindo tudo o que escreverem contra os coronéis. Quem diria, os petistas, que amavam Vulmar Leite, deplorando o PSDB, partido o qual votaram majoritariamente na última eleição municipal. Paciência, a vida é assim mesmo.

Minha filhinha ainda está em período de adaptação na escolinha e só fica por lá pela parte da manhã. A tarde, assumo o comando e levo-a comigo por onde eu vou, são apenas mais uns dias e não posso me queixar. A Nina é uma grande parceirinha, não reclama, não choraminga e nem me atrapalha quando quero escutar a sessão do parlamento. Gosta de brincar com copos plásticos descartáveis, adora latinhas secas de refris e demonstra-se amável com as pessoas.

Conversei hoje por telefone com meu amigo Ruderson Mesquita, que está em férias em Maceió; merece um justo descanso, embora fique grudado nos blogs locais aguardando as novidades.

O COREDE com sua consulta popular levou um baita golpe com a volta do orçamento participativo. Eu já tinha cantado a pedra aqui no blog, só se deu mal quem não me ouviu. Vivemos proformance apenas.

Vereador Bassin, do PSDB, virou o carrasco do PT, usou a tribuna da câmara e fez um elenco de contradições, puxou o CEPERS, o piso nacional dos professores, bateu bem. Elogiou Ana Amélia, mas não poupou Luiz Carlos Heinze por ter votado com o PT a questão dos 545 reais do salário mínimo.

De qualquer forma, a situação do PSDB é bem complicada; os petistas de oposição não o querem no frentão de esquerda e os petistas de situação não o querem na eventual coligação PP/PT.

Bem, embora reconheça o quanto estamos pegando juntos e firmes nessa luta por uma escola técnica federal em Santiago, fui invadido por um certo pessimismo. Não vejo que o quadro, para esse ano, seja favorável; tomara que eu esteja profundamente errado. Pesará muito a contenção de gastos e os cortes do governo federal. Os desdobramentos da economia nacional podem nos afetar, aí estão os cortes no programa minha casa, minha vida, suspensão da compra de caças, suspensão de concursos e de nomeções... Torço por um novo rumo.