Dias atrás, contei uma breve conversa que tive com um monitor do Projeto Bola Pro Futuro que atua no Bairro Missões. Ele contou, para o meu espanto, a extensão da invasão do crack no meio das crianças e adolescentes do bairro. Fiquei perplexo e essa perplexidade levou-me a tecer um comentário crítico sobre a situação, pois é triste sabermos quem são os traficantes, onde são os pontos de venda das drogas e pari passu assistimos a impotência da sociedade e das forças de repressão. A sensação que temos é que os traficantes e fornecedores venceram a disputa com a sociedade.
Hoje pela manhã, conversando com uma agente de saúde do município, fiquei espantado com o relato que ela passou-me sobre a invasão do crack no bairro Ana Bonatto e na quantidade de jovens adolescentes grávidas. A situação, segundo ele, beira o descontrole.
Pelo visto, a situação em nossa cidade atingiu um ponto crítico. Mais uma vez eu me questiono: não estava na hora de uma ação conjunta das forças políciais, enfim, de todas as autoridades, para - pelo menos - atacar os grandes fornecedores?
O curioso nisso tudo é que todos nós sabemos quem são os traficantes, onde são os pontos de distribuição, que são os revendedores, quem são os usuários, mas - afinal - falta o quê para botarmos um fim nisso?