"Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras". Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo 19:
domingo, 30 de agosto de 2009
Como será setembro?
Segunda feira, 31 de agosto de 2009. Último dia de um mês carregado. Vivenciamos longos dias de pavor com a gripe suína, encontros pessoais frustrados, aulas retardadas, pessoas recolhidas em suas casas e temerosas. Some-se a tudo isso, o impacto agudo da crise que chegou em nosso meio e chegou impactante. Só no mês passado, foram 500 mil reais a menos nos recursos do FUNDEB, e isso tem conseqüências drásticas em nossas vidas, especialmente porque atinge a educação.
O mês de setembro, que chega amanhã, vem cheio de expectativas, porém, eivado de dúvidas, mais dúvidas que certezas. No epicentro de tudo, o impasse econômico que tomou conta da região. O Prefeito Júlio Ruivo tem sido extremamente estadista nessa crise; primeiro, não foi alarmista, segurou até onde pôde, justamente para não gerar um efeito psicológico negativo na sociedade. Não que ele não soubesse de tudo e da extensão perversa; só que ele apostou que a superação em níveis macros poderia antecipar-se e os reflexos aqui seriam minimizados, como o foram em outras grandes crises, que não abalaram de forma tão aguda a economia municipal.
Segundo, ao admitir a extensão da crise, o executivo partiu para a implantação de medidas racionais e de contenção de gastos, no que agiu com sensatez e equilíbrio. É claro que os sinais já vinham sendo percebidos nas prefeituras da região, de poucas receitas próprias e dependentes das transferências. Também, esses sinais vinham sendo percebidos no comércio, que, desde fevereiro, vinha sendo castigado com reduções sistemática em suas vendas. A crise de crédito, devido ao alto índice de inadimplência, acabou afetando outros negócios de porte mais significativo, desde uma compra de um carro, moto ou uma geladeira.
Outro dia, conversava com uma senhora que vende pastéis e ela ilustrava-me a extensão de tudo; ela vendia – em média 20 a 25 pasteis/dia. Nesse mês de agosto, ela tem conseguido vender – no máximo - 8 ou 9 pastéis/dia. As reduções nas compras, os limites, as reduções, tudo é visível. Eu tenho um ex-vizinho que vende viandas. Em janeiro, tinha 42 clientes e hoje está lutando para não perder os 23 que restam. Os números dizem tudo e são apenas indicadores da extensão da falta de dinheiro que se abateu sobre a sociedade regional.
É nesse quadro de incertezas que entramos o mês de setembro. Sei que todos almejamos o melhor e ninguém gosta de viver essa situação de pavor. Sinceramente, não temos uma leitura correta acerca de possibilidade de recuperação econômica regional nos próximos meses. Economistas – individualmente – cito o caso de Rogério Anése, nosso maior nome, operam com alguns prognósticos. Entretanto, nos falta um conjunto de indicadores municipais, um órgão de peso em nível municipal e/ou regional capaz de nos dar um diagnóstico mais preciso. Por enquanto, ficamos na imaginação e torcendo para que essa onda econômica complicada seja afastada de nossos corações e mentes.
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E - para concluir - uma boa notícia. A SANTIAGONET, do nosso amigo Mauro Nicola, agora está prestando serviços para a Prefeitura Municipal de Santiago.