sábado, 1 de agosto de 2009

Diniz Cogo e a cartada do PMDB

Diniz Cogo vive uma grande encruzilhada em sua vida. Pessoalmente, já tinha me dito que não concorreria a deputado estadual ou federal. Era uma decisão formulada com sua família e produto da reflexão coletiva de alguns próximos a si.

Convivi com o Diniz, devido ao fato de sermos colegas de aula, na faculdade de Direito. Daí brotou uma grande amizade, noto que ele é uma pessoa boa, um amigo leal e mesmo os percalços políticos nunca abalaram nossa amizade. Ele é um grande, e por isso mesmo sempre soube separar as coisas, respeitar a amizade e não misturar os valores. Sou amigo muito próximo do Nelson Abreu, mas não desfruto com o trabalhista o nível de intimidade, convívio pessoal e amizade que desfruto com o Diniz.

O Cogo é um cara trabalhador, dedicado. É só ver sua pegada junto ao COREDE, um pique raro, poucos políticos nossos o acompanham.

Hoje, ele está um tanto sufocado e não sem razão. Coração aberto, próprio das pessoas puras, ele está indeciso sobre o futuro. Quer consolidar a ampliar seu nome em nossa sociedade e comunidade regional. Aliás, já é um nome consolidado. Mas, agora, o senador Simon, que lhe impor uma nova tarefa sobre os ombros. Quer que ele concorra a deputado representando nossa região e o PMDB.

Diniz é sério e por isso mesmo fica angustiado com a decisão que terá que tomar. É claro que Simon vê futuro em sua performance e acredita no seu potencial. Ademais, esse convite só corrobora aquilo que eu já venho sustentando há tempo. Diniz é o líder maior do PMDB regional na atualidade. Se não fosse assim, Simon buscaria outro nome. E buscou?

A rigor, Diniz não me contou o teor da conversa reservada com o Senador, mas ela aconteceu num dia em que Simon deu uma entrevista projetando ocupar os espaços regionais do partido. A suposição do convite é minha.

Aliás, finalmente, alguém do PMDB de Santiago abraçou o nosso próprio espaço. Espaço esse que era ocupado por vários outros pequenos municípios e que colocavam nossa cidade sempre a reboque, seja de Jaguari, seja de São Francisco...Nada contra essas cidades, pelo contrário, mas a inversão era visível e essas candidaturas sempre tiveram um potencial agregador limitado.

Não sei se Diniz vai concorrer. Sei que está pensando, medindo bem os prós e os contras. No lugar dele, eu perderia o sono. A rigor, é sempre uma decisão complicada demais, pesada demais, árdua demais. Daqui pra frente e nos próximos meses, precisamos começar a conviver com esse novo fator importante da política local: o nome de Diniz Cogo.

É claro, nosso pólo regional ocupa um espaço cativo na assembléia legislativa com Marco Peixoto. Em outubro, esse poderá ir para o Tribunal de Contas e o PP já apresenta o nome de Chicão para seguir ocupando o mesmo espaço. Ta certo, o PP ocupa seu espaço, sabe chamar a articulação regional a partir de Santiago. E, agora, finalmente, o PMDB quer colocar Santiago no mesmo epicentro. Só por isso, valem as anotações, os registros e as conjeturas. O resto, são as construções dos sonhos e cada um de nós, ao seu modo, constrói o seu. E vale a pena sonhar. Um brinde ao futuro.