Dia 14 de abril de 2000, portanto, há exatos 10 anos, era inaugurado o Jornal A Hora on line, com um domínio comprado na Santiagonet. O ideólogo do Jornal era eu mesmo e a parte de internet toda era feita pelo Luciano Barreto.
O Jornal ficou 2 anos na internet(mas funcionou 1) e foi um dos primeiros veículos on line do Rio Grande do Sul e do Brasil. Paramos devido aos altos custos de manutenção, naquela época a coisa não é essa barbada que é hoje. Em 2003, eu abri o blog www.juliocesarprates.blogspot.com, onde eu colocava um longo texto mensal. Em 2004 e 2005, tanto eu quanto a Lizi, abrimos diversos blogs, blog do Jornal A Hora, blog Sociedade em foco, e até meu blog velho www.julioprates.blogspot.com foi aberto nesse ano.
Naquela época, os blogs do BLOGSPOT aceitavam só até 1.000 posts e a partir daí a gente era obrigado a abrir novos blogs. Isso explica as nossas constantes mudanças de blogs em passado recente. Hoje tudo mudou e o blogspot aceita posts sem limites.
Esse foi um capitulo das comunicações em Santiago que ninguém vai conseguir me tirar, apesar das investidas de anular esse reconhecimento que partiu da URI, com seu fajuto museu das comunicações. Eu digo fajuto porque, deliberamente, omitiram parte da história das comunicações em Santiago, especialmente a parte que me diz respeito.
Eu farejei, no ano 2.000, em abril do ano 2.000, que o futuro das comunicações passaria pela internet. Só eu sei o que me custava manter aquele jornal e manter um funcionário caro como era o Luciano. Lembro-me bem, que eram 250 reais por semana, mais os custos de Provedor, domínio, essas coisas. Santiago, naquela época, não comportava um jornal digital. Sei lá, até hoje não tem nenhum. Mas sei que a comunicação na internet, pelo menos por aqui, até hoje passa mim. Foi uma luta, uma crença, uma aposta, uma visão.
Foi, enfim, um capítulo escrito nas nossas comunicações. A história vai nos julgar, vai me julgar. Talvez só o amor pela escrita justifique a extensão do investimento e a ocupação de anos de minha vida nessa labuta. Algo estranho aconteceu com a imprensa em Santiago. Foi invadida por uma peste terrível e - estranhamente - sinto vontade de fugir dessa peste. Não é a Peste de Camus, mas é uma peste, sinto isso.
São os ciclos. Os mesmos ciclos que ajudei a construir. Os ciclos passam. Talvez só na minha ausência percebam o que fiz e o que fui capaz de fazer. Só o tempo, o tempo veio e foi implacável com a imprensa literária que eu quis fazer e representar. Inobstante TUDO, a história ficará.
Mas a vida anda sempre para frente. Amanhã é outro dia. A Nina vem aí e o futuro é agora.
