.........................................................................................................Até agora eu não entendi a extensão da insensibilidade política de quem organizou esse roteiro Fogaça/Pompeo em nossa região. Uma vinda a Santa Maria até se compreende. E o populismo demagógico beija-túmulo em São Borja dá mostras que tudo está fora das regras partidárias.
Brizola Filho escreve um tijolaço defendendo o PT. Collares, maior ícone trabalhista vivo, só anda em festinhas do PT e adora subir em palanques ao lado de Tarso Genro.
O PDT, ao que parece, está - sim - é bem dividido. Pouco adiantará Fogaça visitar os túmulos do cemitério de São Borja; pode levar flores, velas e andar de joelho. Nada mudará cabeças como Collares, Brizola Filho, entre outros. Mas se esse roteiro cheira a populismo e demagogia, pior é o constrangimento que companheiros do PMDB de Santiago e Jaguari estão passando. Imaginem, um candidato ao governo do Estado passar contornando Jaguari, onde o PMDB controla a Prefeitura e a Câmara de Vereadores, e não pode chegar, sequer para tomar uma água mineral ou fazer um xixi.
Em Santiago, a situação é igualmente constrangedora. Os adversários estão até gozando, dizendo que o PMDB vai ficar no trevo do Batista para abanar para Fogaça.
E Fogaça não pode descer. Se descer em Jaguari, magoa Santiago e se parar no posto do Batista, em Santiago, vai magoar os de Jaguari. Xixi, só na estrada.
Sei lá, o mais sensível nisso tudo, seria uma paradinha social, nem que fosse de meia hora, no diretório do PMDB em Santiago e na Prefeitura de Jaguari. Dava umas boas fotos, Fogaça ganharia uns vinhos Jaguari e todos ficariam mais satisfeitos.
Agora, cá entre nós, que bola fora passar pelas cidades e nem a título de fidalguia e educação parar um pouquinho. Não vai mudar nada na vida de Fogaça se incluírem no roteiro meia hora em Jaguari e meia hora em Santiago.
Temos aqui o túmulo de Aureliano, já que ele vai a São Borja em clima simbólico, que faça dessa simbologia uma apologia a nossa crença e visite também um túmulo, ao menos, em nossa cidade. Os poetas locais ficarão sensibilizados.
Mas se nada disso for possível, nós - os bravos santiaguenses - teremos 2 alternativas. Ou vamos todos para o trevo do Batista com faixas, cartazes, bandeiras, pirulitos e apitos ou vamos lotar uma Van e vamos até São Borja, numa humilhação suprema. Em qualquer uma das hipóteses, Fogaça verá os santiaguenses, e ainda poderemos tirar fotos e depois publicá-las no Expresso.
Eu estou indignado com tudo isso. Queria tanto uma foto ao lado do Fogaça, a Eliziane queria comprar uma máquina digital nova só para tirar uma foto ao lado do Fogaça, e ninguém faz nada por nós, simplesmente aceitaram esse roteirão humilhante, onde o candidato passará ao redor de nossa cidade e não poderá parar.
Mais sensato, se forem manter esse roteiro louco de Santa Maria a São Borja, seria arrumar o avião da Manoelinha e passar ao alto, aí a desculpa até seria bem aceita.
Do contrário, em pleno vento norte, estou me sentindo um tolo, com uma leve sensação de que muitas coisas não estão sendo ditas nas ditas.
Duvido muito que visitações a túmulos surtam algum efeito prático/eleitoral. Vamos ver. O pessoal que acredita em fantasmas, até pode balançar, mas não sei o Collares, o Brizola Filho e as pilhas de prefeitos trabalhistas com estão com Tarso.
