O calor em Macapá é nauseante e os gaúchos só sobrevivem no ar condicionado. Hoje, particularmente, fui obrigado a refletir sobre quem sou eu. Curioso? Para mim, normal; para os outros, nem tanto.
Conversando com um pessoal da prova, ouvi, de forma direta, sobre a dificuldade de me enquadrarem. Nem uma nem outra ciência, mas um pouco de várias. "Rapaz, você dá um nó na cabeça de todo o mundo", disse-me o amigo interlocutor, queixando-se que eu sou um jornalista que faço análises sociológicas, mas gosto mesmo é de economia regional, que não tenho nada a ver com o Direito(curso de Direito) mas que sou superbom no Direito. E que escrevo como os professores de letras.
Entenda Deus. Não sabia que escrevia tão mal. Na verdade não sei se era elogio ou deboche. É que eu passo com a cabeça em Santiago. Toing.
A gente vive num mundo de convenções, de saberes restritos, tudo muito certinho. Eu sempre achei que o homem deve conhecer um pouco de tudo, ser curioso, crítico, leitor ... por que temos que ter um rótulo? Hã, eu sou isso, eu sou aquilo.
Eu, pessoalmente, não sei o que eu sou, pelo menos com certeza. Bem, com certeza certeza, eu sei que sou um blogueiro, que amo a Lizi. E penso que existo. Só isso. Só que de repente, nem eu posso ser eu.
O bom de tudo isso é que hoje soube que o Instituto tem um pedido de mais 78 vagas para o Estado e que todos os aprovados homologados serão aproveitados nos próximos dois anos. Já estou voltado para a aula expositiva do dia 02.
A Lizi me mandou um e-mail bem debochado: amanhã vou ver o Simon com a Eloí e o Diniz, morra de inveja.
Eu mereço.
