Olá Júlio, tudo bem?
Dirijo-me a ti com o intuito de esclarecer algumas notícias que estão sendo veiculadas nos meios de informação da cidade no dia de hoje sobre a palestra realizada pelo Cel. Itacir Flores no auditório da URI na noite do dia 28. Primeiro, é necessário que se esclareça que a referida palestra não foi organizada pela Universidade, nem pelo Curso de Direito. Foi solicitado pelo Cel. Itacir, por intermédio do acadêmico Antonio Bueno, um espaço para que ele pudesse abordar o assunto Exame da Ordem. A coordenação do curso de direito, após consulta ao colegiado, disponibilizou a data de hoje, 29 de junho, para a referida palestra. Por conta e risco próprios, sem qualquer consulta ou aviso prévio à coordenação do curso, os organizadores mudaram a data para o noite do dia 28. É necessário que se lembre que, ao final do semestre, os alunos estão em provas, e, na noite do dia 28, muitos professores estavam aplicando provas, como , por exemplo, o Prof. Antonio Augusto ( aplicando prova de processo civil IV para 63 alunos), prof. João Érico, aplicando prova de Ciência Política para 68 alunos, Prof. Adriane Damian, aplicando prova de Direito Penal para 65 alunos, dentre outros, provas essas agendadas, como de costume, desde o início do semestre. Demais disso, é período de realização de matrículas, rematrículas e análise de pedidos de transferências, o que é realizado pela coordenação do curso. Assim, diante dessas circunstâncias, e após análise do quadro de horários e provas, é que, quando solicicitado, foi acertada data de 29, e não 28. Contudo, como se disse, para surpresa de todos, o palestrante resolveu antecipar a data. Ora, diante de uma alteração na data da palestra, sem prévia consulta ou aviso, natural que a mesma , coincidindo com datas de provas, não tenha tido o público esperado. Demais disso, não é verídico que os professores não liberaram os alunos para a palestra. Obviamente os professores não poderiam liberar alunos das provas, pois há um calendário a ser cumprido. Contudo, todos os professores, solicitados pelo acadêmico Antonio Bueno, avisaram aos alunos sobre a palestra, deixando em aberto para quem, após realizar as provas, quizesse participar do encontro, não podendo os mesmos serem responsabilizados por um eventual desinteresse dos alunos. Por tudo isso, não se afiguram corretas as informações e críticas veiculadas, até mesmo por falta de interesse em ouvir antes a parte contrária, o que, em direito e jornalismo, é princípio fundamental. Por fim, por sabedores da tua seriedade como homem da informação e conhecendo a tua forma de agir é que nos dirigimos a ti para solicitar a correção das informações ou publicação desse esclarecimento, eis que os fatos devem ser comentados como ocorreram e não a partir de versões que não condizem com a realidade e podem levar a interpretações distorcidas sobre os acontecimentos.
Santiago, RS, 29 de junho de 2010.
Atenciosamente,
Michele Noal Beltrão
Coordenadora do Curso de Direito da URI/Santiago
