"Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras". Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo 19:
quinta-feira, 24 de junho de 2010
PP nacional fecha com Dilma. Diretórios de 20 estados declararam apoio a candidatura petista
Robson Bonin Do G1, em Brasília
O PP vai declarar "apoio político informal" à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, informou o presidente nacional do partido, senador Francisco Dornelles (RJ).
Pesquisa Ibope aponta Dilma com 40% e Serra com 35% Após liderança em pesquisa, Dilma diz que não vai subir em salto alto A medida, de acordo com Dornelles, é motivada pela preocupação de manter a unidade do partido nas eleições de outubro. Segundo ele, o projeto do PT tem o apoio de 20 diretórios estaduais, mas há pelo menos cinco que rejeitam a composição com os petistas. Assim, a decisão de permanecer oficialmente “neutro”, mesmo com maioria favorável a Dilma, evitaria um conflito interno no partido.
Apesar de tornar pública a opção por Dilma, Dornelles disse que ainda não conversou com a candidata do PT. Ele pretende convocar a Executiva Nacional do PP para uma reunião no primeiro fim de semana de julho, quando a decisão de apoiar informalmente a petista será sacramentada.
“Declarar apoio político informal significa dizer que o presidente do partido, tendo em vista a maioria [dos diretórios], vai apoiar a Dilma para a Presidência da República. A militância vai se empenhar para valer”, disse Dornelles ao G1.
Diretórios livres
“Em maio, fizemos a reunião da Executiva e declaramos que os diretórios estaduais estavam livres para fazer a coligação que desejassem. Demos liberdade aos diretórios para discutir com quem quisessem, mas a decisão final seria da Executiva”, explicou Dornelles.
“Se a gente fizesse uma convenção, o pessoal iria dizer: 'vocês tiveram a decisão da Executiva [de liberar os diretórios], deixaram a gente coligar, e agora chegam e dificultam a coligação?' Então, nós deixamos livres e vamos declarar o apoio político à Dilma”, complementou o senador.
Questionado se a decisão de não oficializar o apoio aos petistas poderia dificultar a disputa por espaço em um futuro governo Dilma, Dornelles procurou evitar a análise do futuro. “Política é o fato. E o fato é que o apoio do partido não pôde ser formal.”
Dornelles também negou que o crescimento de Dilma nas pesquisas tenha influenciado o apoio informal à petista. “Os 20 diretórios estavam com ela muito antes das pesquisas. Não mudou nada. Essa decisão [apoio político informal] foi tomada antes dessa pesquisa”, argumentou.