terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A ditadura da Casa do Poeta

Estou assistindo perplexo aos movimentos da tal casa do poeta de Santiago. Desde logo concluo tratar-se de outro movimento doentio, que exige submissão das pessoas, que atacam e constrangem que não se submete às ordens do capitão e aos ditames ditatoriais de uma linha de pensamento.

Froilam Oliveira é um poeta santiaguense que merece respeito por sua história pessoal, por sua obra, por sua contribuição à cultura em nossa terra e - sobretudo - como ser humano. Pessoalmente, não concordo com boa parte das posições do Froilam, minhas dúvidas com ele são resolvidas na crítica, não faço panelinha e nem me escondi atrás de grupelhos de práticas fascistas para atacá-lo.

Agora, a sociedade santiaguense precisa ver e refletir sobre o que esse movimento organizado em torno da auto-denominada casa do poeta. Froilam, por razões que merecem respeito, não quer integrar tal casa. Então o que fazem? Atacam-no. Um blog insinua que ele é o judas, outro que ele é racalcado, cuirosamente, ambos integram a direção da tal casa.

A sociedade santiaguense precisa refletir onde esse movimento narcísico, fascista quer chegar;  e - sobretudo - verificar a origem dos ataques a Froilam.

Pessoalmente, eu acho tão simples e tão banal uma pessoa não concordar com uma idéia. No caso da casa do poeta santiaguese, Froilam diverge da orientação e - convenhamos - ele tem todo o direito de divergir, tem todo o direito de expor suas contrariedades, assim como ele faz comigo; Froilam não gosta de mim, mas eu luto para ele tenha o direito de não gostar e luto para ele tenha o direito de expor as razões de não gostar de mim.

O que está errado, absurdo nessa concepção poética local, é que eles exigem submissão do Froilam, não aceitam divergências e partiram, em grupo, para o ataque contra uma pessoa cujo único crime é não concordar com as linhas, diretrizes e pensamentos desse grupo.

Torno público meu lamento pelo poeta Oracy Dornelles, a quem eu sempre admirei, que foi cerrar fileiras com esse pensamento fascista para atacar e vilipendiar um genuíno poeta santiaguense.

Hoje eles atacam o Froilam, amanhã atacarão qualquer outro que ouse divergir. Pois ataquem a mim que já vi bem onde quer chegar esse grupelho de cínicos, pois os que escrevem e dizem não se coaduna com sua prática. Queria ver o lero-lero da professora Lígia propugnando amor, paz, deus, religiões isso e aquilo pari passu explicar-me por que querem sujeitar o Froilam e por que não respeitam o direito dele divergir?. Ou a casa do poeta não aceita divergências, todos precisam pensar igual, marchar igual, admirar o mesmo líder. Na história e na ciência política esses grupos que se investem de messianismo político, que atacam e tripudiam de forma organizada quem deles diverge, tem um tratamento diferenciado, pois carregam em si o germe do fascismo. (E não me venham falar que não agem politicamente porque eu vou estampar no blog um ataque do capitão a uma corrente política, publicado no JEI).

Por fim, como santiaguense, conclamo aos santiaguenses e à sociedade em geral: PENSEM.

Pensem, que concepção norteia esse grupo, que se diz de poetas, e ataca um poeta local, acusando-o de judas e recalcado, por que ele não quer integrar tal casa e diverge de sua linha de pensamento.

E convenhamos, Froilam Oliveira é um POETA, não é qualquer porcaria, é um POETA que honra muito o nome de nossa cidade. Então, quem é esse grupelho que se uniu para falar em poesia e semeia ódio, que ataca e trucida em bando, justamente o maior símbolo da poesia jovem santiaguense.

Repito, eu tenho pavor de certas idéias do Froilam, divirjo dele e acho que vou morrer divergindo, pois tenho uma concepção de mundo e de sociedade muito diferente da dele, mas o que estão fazendo com ele, em nome da poesia santiaguense, sendo ele o maior ícone de nossa poesia, nosso maior Poeta, convenhamos, está tudo errado em Santiago, por isso eu abomino o que parte dessa tal casa do poeta santiaguense.