domingo, 27 de março de 2011

Por que a URI vive seu melhor momento?

A URI/Campus de Santiago já enfrentou momentos de profundas incertezas, dúvidas e questionamentos. De um lado, como universidade comunitária, sofreu o impacto da concorrência com a política de expansão do ensino público federal. De outro, pesou contra si a crise econômica do pais, com reflexos locais.

Entretanto, hoje, a URI vive o seu melhor momento. As salas voltaram a ter alunos, diversas prefeituras da região passaram a buscar parcerias e empreendimentos, houve uma reviravolta na política macro-educacional/ federal e a abolição do avalista no FIES também foi um fator que pesou favoravelmente no plano local.

O governo Dilma inicia-se sob a égide da contenção de gastos e grandes cortes, especialmente na política de expansão do ensino público federal. Isso implica em retração no avanço dos IFETs e das federais; a consequência natural dessa política é a volta do fortalecimento das universidades comunitárias e nesse contexto, a URI/Campus de Santiago ganha novas luzes.

Por outro lado, não há como negar que o FIES, sem avalista, propiciou uma rara oportunidade de acesso ao ensino superior em Santiago e região, levando muitos alunos para o campus.

Esses são os fatores macros que começam a tomar força  em face de uma nova conjuntura, que é - de um todo - benéfica aos interesses locais. Ademais, existem fatores internos, relacionados com a nova direção,  que conspiram favoravelmente, da mesma forma. Chico Gorski, a rigor, soube ter um papel de estadista; não perseguiu adversários politicos, aproveitou as potencialidades internas, mesmo a despeito de não terem apoiado sua chapa, fez ajustes necessários sem ser demagógico e populista, agiu sempre sem medo e com destemor. É um grande diretor.

Pesa também, na conspiração positiva, o talento da Professora Micheli Noal Beltrão, que tem se revelado uma estrela fantástica, com brilho próprio e que arranca elogios até mesmo dos adversários que em passado muito recente combatiam seu nome. Micheli é totalmente doada a universidade, é eficaz em sua atuação, altamente competente, talentosa e amada por todos em face de sua capacidade de diálogo e fraternidade. Eu sempre vejo a Professora Micheli pelos corredores; ela anda no meio dos alunos, despojada  de vaidades, não é uma diretora de gabinete, não colocou salto alto, não é perua, e não tem quem não goste do seu modo de vida. O mesmo se diz do Professor Padilha, um técnico muito sério, homem reto de caráter, avesso a fuxicos e altamente profissional naquilo que faz.

O resultado desse somatório é que a Universidade deslanchou, conjugando uma conjuntura favorável com a pacificação interna e a ação de três diretores talentosos, que trabalham em harmonia, que estão unidos pela universidade e que matém um incrível diálogo com a comunidade acadêmica.

Outro aspecto interessante é que existe democracia dentro da Universidade, espaço para idéias contrárias e uma Ouvidoria séria, que realmente ouve os pleitos, reivindicações e leva a sério esse papel.

Por tudo, os obstáculos serão superados, a saúde financeira deverá melhorar e em muito; assim é fácil constatar que a nossa URI vive um grande momento, talvez seu melhor momento de todos os tempos.