terça-feira, 29 de março de 2011

A submissão nas relações inter-pessoais

Existe entre os seres humanos, especialmente entre os membros de uma mesma sociedade, relações de afeto, amizade, camaradagem e companheirismo. Talvez o sentimento de solidariedade seja o mais puro e mais nobre a unir e integrar às pessoas.

Talvez eu seja um babaca mesmo, mas o que me move em direção as pessoas sempre foi o vínculo efetivo. Tenho muitos amigos e amigas, pessoas que eu gosto de ver e de conversar. Existem pessoas que eu não gosto, e essas não as procuro. Se Deus existe, isso me tranquiliza muito, Ele sabe que eu procuro as pessoas que gosto, de forma pura, sem subterfúgios, sem intenções outras que não o afeto e o carinho ou mesmo a simples interação de vê-las e ouvi-las.

O que eu mais abomino na política é a falsidade, o cinismo e a hipocrisia...especialmente no campo das relações inter-pessoais. Aliás, religiosos, vendedores e políticos procuram as pessoas sempre com a segunda intenção, querem é coptação,  obter a sujeição dessa ao seu modo de pensar. Mataram a pureza da amizade e assassinaram os vínculos de afeto.

Se a pessoa não se submete ao seu julgo, se a pessoa não se submete a sua linha de pensamento, o que outrora representava amizade e irmandade, transforma-se em ódio e perseguição, vilipêndio verbal, despautério e mudanças abruptas no comportamento social.

Infelizmente, eu sei identificar esses sentimentos nada nobres. Entristece-me tudo isso, pois eu sempre procurei as pessoas no intutito de interação social e nunca de coptação a minha linha de pensamento, ao meu modo de vida, a minha religião, as minhas crenças, meus juízos e meus valores.

Só não entendo, ainda, é como essas pessoas raciocinam como espírito cristão. A sujeição de pensamento e a admoestação da vontade é um pecado tão seletivo quanto capital. A sensação que eu fico é que essas pessoas pecam contra a pureza de Deus ao usarem Deus para a obtenção de vantagens, mesmo que não reveladas, mas que profundamente entranhadas nos espíritos. Usam Deus, usam os amigos, as amigas, as pessoas, tudo em nome de interesses pessoais. Quando os amigos não se mostram submissos e optam por um caminho diferente dos interesses, eis que emerge o trucidamento público.

Dói-me na alma refletir sobre esses juízos, pois aflora - com esses mesmos juízos - o barbarismo da inescrupulosidade que crassa. É uma lástima, uma dor, é um sentimento cortante descobrir a puerilidade, a superficialidade e a banalidade com que tratam as relações inter-sociais e inter-pessoais.