domingo, 13 de março de 2011

Funerárias, ritos tétricos, doenças e o Hospital

Questão tétrica, que fere os sentimentos, é a presença escancarada daquelas funerárias na frente do Hospital. Agora, para completar o sadismo, uma dela coloca um cartaz com o nome de quem morreu, data de nascimento, dia da morte e tudo mais.


É claro que a morte faz parte da vida e é uma extensão até natural. Agora, as pessoas doentes que se recolhem ao HCS não precisam ver todo aquele aparato que está ali, como se esperando pela dissipação imediata da vida. A pessoa que está internada no HCS - se for nos quartos da frente - fica assistindo tudo pela janela, desde os velórios, caixões, funerárias, choros, entrada e saída de cadáveres...E mesmo quem chega lá meio doente já vai vendo as cenas que lhe aguardam.

Para mim, isso é uma questão de sensibilidade

Não entendo como nossos legisladores ainda não apresentaram um projeto-de-lei disciplinando as funerárias e afastando-as, pelo menos, uns 200 metros de onde repousam os doentes. Discutir a legalidade e a constitucionalidade do projeto é outro assunto; tudo valeria pelo caráter pedagógico e pela abertua do debate com a sociedade. No mínimo, toca-se na sensibilidade dos donos de funerárias e estou sabendo que diversas cidades inclusive assinaram TACs com o MP sobre esse assunto.